Prazer lícito
Prazer lícito O território da aventura humana chamado “prazer” recebe avaliações médicas, psicológicas, artísticas, poéticas. Mas boa parte de seu mecanismo é ainda um mistério. Em nome do prazer, o ser humano já foi além dos anjos, por exemplo no prazer de resgatar uma pessoa amada, e já desceu abaixo das bestas, por exemplo forçando uma pessoa a ter relação sexual. A moderação é aclamada como virtude desde tempos antigos, quando se entregar a uma paixão, por exemplo, em Roma, era visto como uma fraqueza vergonhosa, embora o prazer com pessoas do mesmo sexo não fosse tão vexatório. Há que se considerar que há toda uma história de negação do corpo nas religiões, em , quase todas, sem exceção. A postura ascética sempre prescreveu desprendimento da carne. Embora, é verdade, não raro os profetas falassem do prato, as culturas levaram para as núpcias as reprimendas. Resultado: não há cristão hoje que negue uma picanha ou lingüiça mas os pastores e padres ...