Assistência social e piedade
Assistência social e piedade
A assistência social, ao menos em países ricos como o nosso, já deveria ter dado conta do fenômeno “fome”, bem como “habitação”.
O fato é que, para desgraça de muitos e benefício de uma pequena parcela, a pobreza se mantêm.
Mas onde os cidadão classe-média teriam a chance de exercer a piedade, não fosse as grávidas nos pórticos dos mercados ou os menores de idade às filas dos semáforos? A resposta é menos elegante do que poderíamos pensar: a ecologia será a última barreira da piedade.
Num mundo em que não tenhamos a experiência estética de saber se aquele desconhecido é Jesus sob outra máscara, ou mesmo Atenas ou então Zoroastro, a saída ao problema da piedade será cada vez mais encontrada no cotidiano. Práticas diárias, cuidados diuturnos com a casa comum. Quando todo mundo tiver casa, comida e roupa lavada. Lavar as roupas será um ritual oferecido diretamente à mãe Terra. Bem como lavar os cabelos ou o tão sonhado possante.
Portanto, para os pessimistas de fundo de igreja, eu afirmo: a pobreza pode sim, desaparecer, tranquilamente, e continuaremos tendo a oportunidade de provar a nós mesmos e ao planeta que merecemos ser chamados “filhos de deus”. Fatalmente, teremos que ir menos ao açougue e as moedas sobrando não terão muita serventia. Mas haverá novidades todos os dias com o intuito de fazer com que a gente tenha uma postura de reverência pelo desconhecido e triunfalmente maior que nós meio ambiente.
Lucas Furió estuda energias renováveis, entre outras coisas.
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